O SUS salvou minha vida e me trouxe de volta para minha família

O SUS salvou minha vida - Denis Silva de Oliveira, morador de São Bernardo do Campo,  relata o tratamento para câncer que tem recebido do Sistema Único de Saúde.

Uma sequência de idas à UPA (Unidade de Pronto Atendimento) sempre com a mesma queixa: dor de garganta. Um exame de ultrassom e um diagnóstico de câncer. Todos esses eventos ocorreram ao longo de 2024, na vida do morador de São Bernardo Denis Silva de Oliveira, 40 anos.

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Apesar de ter convênio médico, foi no SUS (Sistema Único de Saúde), inicialmente na rede Municipal de saúde em São Bernardo, que ele conseguiu o tratamento para o Linfoma Não Hodgkin (LNH), um tipo de câncer que afeta o sistema linfático. “Se não fosse pelo SUS, não estaria aqui. O SUS realmente salvou a minha vida e me trouxe de volta para a minha família”, afirmou, emocionado.

Denis contou que vinha sentindo dores de garganta há cerca de cinco meses, mas procurando apenas prontos atendimentos. Em uma das consultas, o médico viu seu histórico e o recomendou a procurar um otorrinolaringologista. Por meio de um ultrassom foi detectado um nódulo na região da garganta. “Mesmo sem fazer biópsia, foi agendada a cirurgia. Mas até chegar a data, o nódulo cresceu muito, e já não era mais possível operar”, lembrou. No convênio, a única solução apresentada foi uma traqueostomia, uma abertura na garganta para que ele pudesse respirar, e instalação de sonda para alimentação. Nenhum tipo de suporte. “Um dia, a traqueostomia entupiu e eu não conseguia respirar. Aí fui socorrido pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) para a UPA São Pedro, de lá para o HU (Hospital de Urgência). Foi apenas no SUS, por meio de consultas no Hospital de Clínicas de São Bernardo, que pediram a biópsia e confirmaram qual era meu tipo de câncer”, relatou.

Denis ainda precisou ser socorrido mais uma vez, para o HC, novamente por não conseguir respirar. Foram muitos dias de internação, perda de quase 40 quilos, transferência para o Hospital Mário Covas, em Santo André, até poder voltar para casa, para a esposa Alessandra  Barbosa dos Santos Oliveira, 37, e para os filhos Davi, 6, e Rebeca, 4. “O meu tratamento precisava ser feito por um hematologista, e apesar de São Bernardo ter um Hospital do Câncer, o Anchieta, especificamente esse tratamento é feito pelo Hospital Mário Covas, em Santo André”, explicou. “Nas duas cidades, fui muito bem atendido. Por todos, desde os médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, psicólogos, funcionários da limpeza”, pontuou.

 

ATENDIMENTO DOMICILIAR - De alta e em casa, desde 6 de fevereiro de 2025 Denis é acompanhado pelo SAD (Serviço de Atendimento Domiciliar) da Secretaria de Saúde de São Bernardo. “Ainda estou em tratamento no Mário Covas, fazendo quimioterapia, fono, mas preciso sair um pouco de casa. As consultas, o medicamento, a alimentação que eu recebia pela sonda, tudo isso foi e é providenciado pelo SAD, que inclusive vem até a minha casa para que eu possa fazer fisioterapia e seguir no meu processo de reabilitação”, relatou.

Denis, que trabalhava como motorista de aplicativo, está desempregado e segue com o tratamento. “Fiquei muito debilitado. A humanização no atendimento que recebi em todo esse tempo foi o que mais marcou. Cuidaram do meu corpo, da minha saúde e do meu psicológico. Só tenho a agradecer”, finalizou.

 

Atuação em rede do SUS garante a cobertura dos atendimentos em diferentes territórios

A jornada do morador de São Bernardo Denis Silva de Oliveira, 40 anos, durante o seu tratamento para um Linfoma Não Hodgkin (LNH), ilustra bem a atuação em rede do SUS (Sistema Único de Saúde), explica a secretária adjunta de Saúde de São Bernardo, Fernanda Penatti. Muito embora São Bernardo conte com um hospital oncológico na sua rede municipal, o Hospital de Câncer Anchieta, o paciente precisou ser atendido em outro equipamento do SUS, o Hospital Estadual Mário Covas, em Santo André, por conta dos serviços ofertados pelas duas unidades de saúde.

Fernanda explica que o Hospital de Câncer Anchieta faz parte da Rede de Combate ao Câncer do SUS e é uma Unacon, ou Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia. “É um equipamento que está preparado para atender os tipos de câncer mais prevalentes na população, como os de mama, próstata, ovário e útero, por exemplo”, detalha. “Já o Hospital Estadual Mário Covas é um Cacon, um Centro de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia, com capacidade para todos os tipos”, completa.

A gestora destaca que essa estratégia é eficiente e resulta na cobertura de assistência de um amplo território. “Foi o que aconteceu com o nosso paciente, o Denis. Quando foi fechado o diagnóstico, vimos que o caso dele precisava de tratamento em um Cacon, porque era um caso de maior complexidade e ele foi transferido. Porque o SUS é isso, uma porta de entrada para que a pessoa tenha o que ela precisa”, afirmou.

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