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Combate ao racismo no esporte - Governo brasileiro pede mais rigor no enfrentamento ao racismo

reunião com a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) / Divulgação

Combate ao racismo no esporte - Em reunião na Conmebol, governo brasileiro pede mais rigor no enfrentamento ao racismo

 

Combate ao racismo no esporte

O presidente da Autoridade Pública de Governança do Futebol (APFUT) no Ministério do Esporte, Washington Cerqueira, e o chefe de gabinete da ministra da Igualdade Racial, Luiz Barros, participaram, nesta quinta-feira (27), de uma reunião com a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), na sede da instituição, em Luque, no Paraguai. A participação no encontro faz parte das ações do governo brasileiro para combater o racismo no esporte.

Durante a reunião, foram discutidos temas como manifestações racistas envolvendo jogadores e torcidas, além da recente declaração de cunho racista feita pelo presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez.

O encontro contou com a presença de autoridades governamentais brasileiras, dos ex-atletas Ronaldo Fenômeno, Léo Moura, Mauro Silva e Dilma Mendes, além de representantes de embaixadas dos países membros. O presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, também esteve presente e anunciou a criação de uma comissão permanente para tratar de casos de discriminação e racismo.

Para os dirigentes da Conmebol, o racismo é um problema social, e não institucional. Eles apresentaram algumas ações já implementadas para coibir a discriminação nos estádios, porém sem dar ênfase específica ao combate ao racismo.

Os representantes do governo brasileiro reforçaram que, no Brasil, o racismo é um crime inafiançável e deve ser punido. Eles sugeriram a criação de um comitê permanente tripartite, envolvendo associações, jogadores e governos, para tratar do tema de forma ampla e estruturada.

 

Representando o Ministério do Esporte, Washington Cerqueira destacou a importância de medidas concretas. "É necessário que a Conmebol utilize sua influência e seu poder no futebol, que é um esporte tão presente na sociedade, para apresentar ações efetivas de combate ao racismo." Ele também mencionou que o embaixador do Brasil em Assunção, José Marcondes, lembrou que no Brasil racismo é crime e defendeu a realização de encontros frequentes, com a participação de outros atletas e representantes governamentais.


Após a reunião, foi anunciada a criação de um grupo de trabalho liderado pelo ex-jogador Ronaldo, que terá a missão de desenvolver e implementar estratégias para erradicar o racismo, a discriminação e a violência no futebol sul-americano.


Combate ao racismo no esporte
Na quarta-feira (26), o Ministério do Esporte (MEsp) e o Ministério da Igualdade Racial (MIR) assinaram um Acordo de Cooperação Técnica para intensificar o combate ao racismo no esporte em todo o país. A parceria prevê uma série de ações para conscientização, formação e monitoramento da discriminação racial no ambiente esportivo, abrangendo desde atletas e torcedores até entidades esportivas.


Entre as principais iniciativas previstas no acordo estão a criação de um selo e de um prêmio para entidades esportivas antirracistas, a realização de campanhas educativas em eventos esportivos e a mobilização de torcidas organizadas para ações unificadas contra o racismo. Além disso, será desenvolvida uma plataforma digital para monitoramento e análise de dados sobre discriminação racial no setor.

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